A jornada da sucessão

17/09/2020


Existem pessoas que têm até um arrepio quando se fala de sucessão, porque logo vem à mente a passagem de bastão. Também traz à tona sentimentos como medos, inseguranças, anseios, bem como questionamentos sobre como escolher o melhor sucessor e o que fazer na aposentadoria.

Por isso esse é um tema que exige planejamento cuidadoso afim de que os valores e princípios do fundador da empresa sejam perpetuados e estabeleça-se um negócio sólido para as próximas gerações.

John Davis e Renato Tagiuri em sua obra “The Influence of Life Stage on Father-Son Work Relationships in Family Companies (1989) ajudam a enxergar a empresa familiar como um sistema formado por três conjuntos: família, propriedade e gestão. Estes constituem a jornada de sucessão ideal. 

- Sucessão na família –Envolve a aprendizagem de novos papéis, uma readequação do sistema familiar, em especial daqueles que surgirão como uma nova geração de líderes e que, ativamente, exercem influência, ainda que no âmbito familiar, dando ritmo ao processo de transição.

- Sucessão na propriedade – Quando ocorre a transferência (parcial ou total) do controle dos ativos para a geração seguinte e demais herdeiros. É influenciado pela legislação vigente, em particular regimes tributários aplicáveis, e também por tradições. O processo transforma as relações de poder entre os membros da família.

- Sucessão na gestão dos negócios – Consiste na transição das pessoas no comando dos negócios. É marcada pela escolha de um novo líder (familiar ou não) para conduzir a empresa ou para presidir/compor o conselho de administração.

A jornada de sucessão leva em conta os três conjuntos e, a partir deles, ajuda a dividir os interesses, direitos e deveres dos envolvidos. Além de planejar mudanças, desenvolver ideias e estratégias para perpetuar os negócios bem como preparar os sucedidos, sucessores e organizações envolvidas.

Infelizmente muitos fundadores ficam com receio de adentrar nas questões emocionais, as perspectivas futuras e, por isso, acabam protelando uma conversa tão essencial. Adiam o processo sucessório por temer os conflitos e impactos que podem gerar para o negócio. De fato, quanto mais cedo abordar os temas delicados com muito diálogo, tempo e maturidade, mais tranquila será a jornada de sucessão.

Benitez Buzzi

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